The Wise Manager
- Qual o mais nobre dos desafios
- A metafísica do sofrimento
- Como é o mundo e como chegamos a ele
- Fontes de significado
- Como agir
- Como transcender ao agir para chegarmos onde é necessário chegar
- Mito de Sísifo
- O existencialismo em Groundhog Day
- Como tornar-se quem você é
Curso ministrado pelo Alisson Vale
- Queremos ir além das respostas técnicas
- Como chegamos aqui?
- Que estrutura filosófica nós compramos e onde chegamos com isso?
- Ter uma vida intencional, indo além do circunstancial
- Metáfora da escadaria
Qual o mais nobre dos desafios
- Iremos desaguar nas questões da gestão, mas o tema não é gestão
- Sabedoria
- Temos a percepção de que sabedoria é algo que está a frente, quando ficamos mais velhos
- Queremos trazer a sabedoria para as decisões de agora
O que nos faz humanos
- Camada mitológica
- “Um mito é aqui que nunca aconteceu, mas que está sempre acontecendo” - Gaius Sallustius
- Extrair a história das histórias
- É a sabedoria é algo que te acompanha quando você busca objetivos mais nobres
- Entramos em conflito entre algo que o corpo quer muito, o mundano quer muito. Algo tem que intervir para optarmos pelo o que é mais nobre
- Como isso nos conduz para fora do caminho mais fácil
- “Um mito é aqui que nunca aconteceu, mas que está sempre acontecendo” - Gaius Sallustius
- Camada arquetípica
- Como a estrutura social nos ajuda a fazer a coisa certa ao longo do tempo
- Fazer a coisa certa muitas vezes significa abandonar o extinto
- As causas mais nobres geralmente são as sociais, elas ultrapassam o indivíduo
- A intermediação é onde tentamos equilibrar entre natureza e cultura, entre instinto e sabedoria
- Camada psicológica
- Modelo freudiano
- Id: componente animal. Afetos, impulsos e vontades não racionais
- Ego: o nosso eu, que está tentando criar sentido entre as coisas
- Superego: a internalização do mundo do social
- Modelo freudiano
- Camada de expressão artística
- Onde está a tensão na história?
- Qual é o ponto focal?
- Onde está a tensão na história?
- Camada histórica
- Qual o contexto histórico?
- Quais os debates que estão acontecendo?
Instinto, Inteligência e Sabedoria
Instinto
- Se manifesta na forma de emoções básicas, afetos, automático
- Reações: alegria, tristeza, medo, enojamento, raiva, surpresa
- São padrões, são espíritos
- Não é você. É algo em você
- São forças que não entendemos, e que são capazes de nos controlar
- Quando vamos no abstrato, muitas vezes o impacto é maior, por que vamos na raiz das coisas
- É quem impulsiona em fazer as coisas
- Quem decide fazer, é o instinto
- Ele é essencial para que as coisas aconteçam
- Ele não pode ser suprimido, tem que ser integrado
Inteligência
- O eu, o agente de conciliação, de integração
- A razão é uma ferramenta de consistência
- Ela serve para chegar em algum lugar com as premissas dadas
- Ela não pode dizer se começamos com as premissas corretas
- A sabedoria que vai avaliar essas premissas
- A inteligência pode atuar contra você
- O utilitarismo tenta achatar a inteligência e a sabedoria
- Tentando buscar um jeito racional de buscar a ação correta a ser feita
- Os vilões geralmente são muito inteligentes
- Mas a inteligência é usada para algo que não é muito certo
Sabedoria
- Sabedoria é a habilidade de lidar com as contradições de uma situação específica e avaliar as consequências de uma ação para si mesmo e para os outros
- Ela é alcançada quando, em uma situação concreta, há um balanceamento entre o intrapessoal, o interpessoal e o institucional
- Fazendo as coisas no mundo e trazendo para si as consequências
- Olhar as premissas das coisas para te manter fazendo a coisa certas
- Lidar com as escolhas que afetam nossa vida
- Não fazer automático, senão lidamos com o automático, com o instinto
Pirâmide de Ackoff
- Emoções: o automático, os afetos
- Dados: símbolos que chegam, base, não tem significado
- Informação: o quê, quem, quando
- Conhecimento: como, know-how, usar a informação para agir no mundo
- Entendimento: por quê?
- Sabedoria: escolhas, ligado ao momento, lidar
Dos dados até o entendimento, estamos falando de inteligência (fazer as coisas do jeito certo). Sabedoria é fazer a coisa certa (DO THE RIGHT THING)
- Inteligência é capacidade de aumentar a eficiência
- Ser bom no que faz
- Lógica, fatos e racionalização
- Ter certeza das coisas
- Sabedoria é sobre aumentar a eficácia
- Determinar o valor das escolhas (o que fazemos é o que deveria ser feito) -> olha o produto aí
- Sabedoria é julgadora
- Ter clareza das coisas, não ter resposta precisa, mas iluminar as dúvidas (não existe manual para as coisas mais importantes)
Construção do Ethos
- A forma habitual de se fazer/agir
- Visão de mundo articulada
- Construindo a forma através de:
- Lidar com nossos instintos
- Usar nossa inteligência
- Construir nossa sabedoria
A metafísica do sofrimento
Metafísica: algo que está além do mundo físico, além da interação direta
- Essa experiência do que está além do mundo técnico não pode ser negada
- Podemos negar a realidade, mas não o sofrimento
- Assumimos uma identidade muito técnica
- Isso não resolve tudo
- Não integramos as questões humanas, essenciais
- Há um preço a se pagar por essa postura
- Não define a identidade, mas faz parte de uma identidade que é maior que isso
- Podemos sofrer por ter feito o certo
- O ser humano como alguém que precisa carregar uma certa cruz, em direção ao topo (dos mais altos valores, ao ápice)
O mito do gênesis (mitologia judaico-cristã)
- O Ser humano como parte do mundo natural (e está em comunhão com Deus) -> Instinto
- O Ser humano se diferencia dos animais pela sua inteligência, mas ainda é parte do mundo natural (e está em comunhão com Deus) -> Inteligência
- O Ser humano escapa do natural (a comunhão com Deus passa a ser uma escolha) -> Sabedoria -> Aquilo que se obtém quando se exerce a desobediência, e é convidado a construir a própria estrutura ética-moral
O descolamento é a capacidade de transcender o natural. Um algo novo que não é parte do mundo natural, que transcende. A sabedoria nasce da necessidade para retornar para esse todo.
O que emerge
- Da disputa do natural e do social, nasce a consciência
- A cultura só aparece com o descolamento do mundo natural
- A expulsão do paraíso é o nascimento da experiência de viver
- O sofrimento é um preço a se pagar pela separação do todo
- A busca pelo correto
- Quando fazemos coisas boas, nos aproximamos de Deus
- Quando fazemos coisas ruins, nos afastamos
A sabedoria budista
As premissas
- A realidade do sofrimento
- A realidade da origem do sofrimento
- A realidade da cessação do sofrimento
- A realidade do caminho para a sua cessação
O correto é reafirmado. Ser bom nas escolhas.
Filosofia
- O sofrimento como parte produtiva nossa
- Da escola de guerra da vida: o que não me mata, me fortalece - Nietzsche
- Haverá momentos de “guerra”, momentos de conflito intenso
- Esses momentos é que trarão aprendizados
- Nem tudo fortalece:
- É necessário jogar luz na condição (discernimento)
- Ao usar meios perniciosos, há a decadência
- Não fortalece
- Há ressentimento: usar a energia do ressentimento para realimentar a sua perspectiva sobre aquilo
- A manutenção da energia do sofrimento, ao invés de libertá-la
- Vai ficando mais decadente
- Ao usar os justos meios, encontro o que fazer com aquela energia
- A busca da vontade do advento
- A externalização daquela energia, que gera um fruto no mundo e um efeito em si, a auto afirmação: fortalece
- O subproduto é externo, mas ele não é o objetivo
- O objetivo é o uso da energia, para tirar ela de si mesmo
- Novamente é sobre “deixar as coisas cair”. É sobre escolhas
- A busca da vontade do advento
Fontes de sofrimento
- Natureza: O desconhecido/inevitável
- Indivíduo: Más decisões que eu tomo
- Cultura: Más decisões que os outros tomam
Por que fazemos as coisas
- A sabedoria serve para aprender a lidar com o imponderável, aqui que não está no controle
- As questões devem ser geridas de modo intencional
- O que fazemos é um meio
- Para minimizar sofrimento
- A coisa certa vai sempre desembocar na redução de sofrimento
- Buscar a sabedoria passa a ser uma excelente estratégia contra o sofrimento do mundo
Reduzir o sofrimento
- Sabedoria para conhecer melhor a si mesmo e evitar o auto-flagelo
- Sabedoria para se relacionar melhor com os outros e assim evitar a exposição às suas más-decisões
- Sabedoria para estar preparado física e emocionalmente quando a natureza se manifestar negativamente no seu caminho
- Prevenção também pode conter sabedoria
Como é o mundo e como chegamos a ele
O pensar na história do mundo
- A história de como a gente pensa do jeito que pensa
- O que significam nossas ações
- O que fazemos no trabalho
- Uma grande parte do que pensamos é reflexo da cultura que vivemos e dos movimentos culturais que se manifestam onde estamos
- Não pensamos sozinhos, projetamos a cultura
- Mas também nossa história impacta em como pensamos e agimos
- Além disso, agimos de determinadas formas por sermos humanos
- Jung: arquétipos, estruturas da nossa psique que já nascemos
- Arquétipo das duas mães/dois pais: natureza e cultura
- Representações que estão na nossa “arquitetura”
- Jung: arquétipos, estruturas da nossa psique que já nascemos
- O que nos influencia quando pensamos de determinada forma?
- Convivemos com outros que pensam diferente
- Vivemos um conflito eterno da forma de pensamento
- Nos relacionarmos com pessoas que pensam diferente é esperado e vai acontecer sempre
As grandes revoluções na nossa forma de pensar
- Processo cultural, artístico e linguístico por volta de 30.000 anos AC
- Pensamento mitológico, presente em todas as culturas
- Começa a ser interrompido no mundo grego
- Filosofia: outra maneira de explicar os fenômenos do que pela história dos mitos
- Sofisticação nas estruturas conceituais gregas
- Mudança de pensamento no mundo romano para o mundo e questão material
- Começa a ser interrompido no mundo grego
- Nietzche: Genealogia da Moral
- Transição do pensamento romano para o cristianismo
- De O Bom vs O Ruim para O Bom vs O Mal
- Reversão dos valores
- O Bom antes era relacionado a função, ao bom cumprimento do exercício
- Os atributos para O Bom passam a ser aquilo que era Ruim
- O fraco, o humilde, o penitente
- Pensamento Religioso
- Idade Média
- O modelo de Pensamento Religioso começa a desgastar-se
- Renascimento e iluminismo
- Mudança para o Pensamento Moderno
- Processo investigativo racional
- No pensamento religioso era limitado ao que existia, pensar o que já era pensado
- Sem a ideia de progresso
- Privilégio da razão: Descartes e o Pensamento Moderno
- Progresso: o mundo em movimento
- Conhecimento que nos dá a capacidade de transformar
- A busca pela verdade, através da razão, gera um novo entendimento sobre o mundo, transformando e criando um mundo diferente, que gera uma nova busca pela verdade
- Cada descoberta nos dá mais coisas a descobrir
- Efeitos políticos, econômicos e sociais intensos
- Nietzche: A morte de Deus
- A morte do uso das estruturas metafísicas como forma de pensamento principal
- Deus não faz mais parte desse processo do pensamento
- Há novas morais, completamente racionais
- Mas não há uma unificação, como na época do pensamento religioso
- Várias morais que irão converter-se em linhas políticas e ideologias
- Os “ismos”
- É necessário definir “racionalmente” o que é melhor: choque de ideologias
- A morte do uso das estruturas metafísicas como forma de pensamento principal
- Positivismo: o progresso como algo inerentemente bom
- Um ideal potencial
- Confiança ilimitada
- Outras ideologias que se sustentam nesse pensamento
- A bomba atômica marca o fim da força dessa linha de pensamento
- A história não conta uma história de progresso
- Para onde estamos indo?
- Reversão sujeito-objeto
- O sujeito que criou algo se virando contra ele
- O objeto torna-se sujeito e ele objeto
O rejuvenescimento da cultura
- O choque entre o indivíduo que vem para rejuvenescer a cultura contra o indivíduo que representa a tradição opressora
- Cultura é aquilo que ficam quando vamos embora
- Tende ao enrijecimento
- É preciso que exista o indivíduo rejuvenescedor
- Mas também pode criar um caos e deixar as coisas piores do que estavam
- Precisamos dos dois, precisamos de um equilíbrio, não deixando chegarmos em um estado patológico
- A cultura se estrutura para validar suas próprias premissas
- Quando algo quebra com as premissas, o esforço é muito grande para mudar
Os paradigmas e as revoluções científicas
- Thomas Kuhn
- Não há só evoluções, há rupturas
- Em algum momento há a aplicação de uma perspectiva diferente, que abre todo um novo mundo a ser investigado
- Não podemos analisar a realidade sem levar em conta o arcabouço conceitual, os paradigmas
- Os paradigmas diferenciam
- As pessoas estão em mundos diferentes, por isso os entendimentos são diferentes
- Zeitgeist: o espírito do tempo
- As coisas e pensamentos do agora
O movimento ágil
- O mundo ágil criou um novo paradigma
- Trouxe um rejuvenescimento para a cultura de desenvolvimento de software
- Uma nova forma de olhar para a realidade
- Está dentro do Zeitgeist do momento
- Lean, M3.0, Business Agility, DevOps…
O Nascimento do Modernismo
- A partir do pensamento moderno (visão cartesiana)
- O pensamento analítico é o principal instrumento do pensamento moderno
- Abordagem descritiva do mundo
- Mapeando a realidade no modelo de análise
- Descrever a realidade em um mundo racional, compartimentalizado e ordenável
- Aplicamos isso no modelo de empresas que temos, por setores
- Metas segmentadas, avaliação individual, cronogramas por atividades
- Mas as partes, quando otimizadas, nem sempre geram resultado para o todo
- Desgaste do espírito moderno
- Cansaço com as limitações
O pós-moderno: o que vêm depois
- O algo novo e que controla nossas ações e consequências
- Como resolvemos o problema do progresso
- Se há algo que não muda, é a mudança em si
- No moderno, a lentidão da mudança, poderiam ter a priori
- O modelo moderno, de usar a descrição para fazer alguma coisa, não funciona mais
- No moderno, a lentidão da mudança, poderiam ter a priori
- Tudo que é sólido desmancha no ar
- Modernidade líquida, de Bauman
- Se há algo que não muda, é a mudança em si
- A pós modernidade como aceleração da modernidade a tal ponto, que tudo deixa de ser
- A convicção de que a mudança é a única permanência
- Sem estado final, em vista
- Sem a perfectibilidade
- O progresso não é suficiente
- Mundo em eterno beta stage
Do analítico para o sistêmico
- Da causa para a configuração
- Da causalidade para a finalidade
- Configuração é um recorte da realidade que tem uma finalidade
- Negócio, metabolismo, cultura, etc
- Discutimos como ela (a configuração) faz o que ela faz hoje e o que ela deveria fazer
- Saindo do estudo do concreto e suas partes para o abstrato e suas finalidades
- São irreversíveis
- O processo muda seu próprio caráter
- Padrões, processos e a constante mudança
Sistemas
- Sistemas são as componentes das configurações
- Pensamento sistêmico é o único capaz de lidar com esse mundo
- A análise não é mais suficiente para lidar com esse mundo
- A ferramenta é a síntese
- Com visibilidade revelamos as discrepâncias de propósito
- Kant: do analítico para o sintético
- Analítico:
- a priori
- Os conceitos do predicado estão no sujeito
- A experiência não é necessária
- Sintético:
- a posteriori
- Os conceito do predicado estendem o sujeito via a experiência sensível deste
- A experiência permite a construção da síntese
- Quem faz, refle e e melhora
- Analítico:
- Pensamento sistêmico
- Sistemas abertos
- Ordem emergente
- Processos empíricos
- Ciclos de feedback
- Otimização de fluxo
- Foco em propósito
- O que define um sistema, é o atingimento do seu propósito
- O repertório como fonte da tentativa de solução
- A experiência como método de seleção
Como resolvemos o problema do progresso
- Inovação com mudança direcionada
- Criar ordem em meio de riscos
- Aceitação da responsabilidade humana
- Não como poder humano de mudar o mundo
- Mudando, mas com direção
- Não mais a busca pela verdade, mas o vislumbramento de um problema a ser resolvido
- A descoberta de novos fatos, não é mais protagonista dos empreendimentos científicos, mas a solução de problemas
Como ser economicamente significativo no mundo contemporâneo
- Ser capaz de especificar, comprovar e otimizar o resultado final
- Não significa que as coisas não darão errado
- Verdades pragmáticas: o que fazer dado que o mundo é do jeito que é?
- A realidade nos serve
Fontes de significado
- O mito dava sentido
Idealismo & Realismo
- Dois grandes arcabouços filosóficos que dão sentido
- Platão (idealismo) x Aristóteles (realismo)
Idealismo
No idealismo
- Metafísica
- Dois mundos: um metafísico (superior, supernatural) e um mundo das coisas (natural, imperfeito)
- Natureza humana
- Tende ao dualismo: corpo e alma
- Epistemologia (como descubro a verdade)
- Religiosa: fé, misticismo, revelação
- Secular: razão “pura”
- Moral e ética
- Físico: Algo a ser disciplinado e controlado
- Espiritual/mental: escrituras, graças, milagres, lógica
Colocar os ideais sobre a realidade, por que os ideais são “superiores”
Idealismo e a busca por significado
- O mundo superior
- Vida a pós a morte
- Ideais superiores
- Há algo maior do que o mundo natural em que vivemos
- Justificativa para vencer o sofrimento dado que há algo a se alcançar no futuro que vale muito a pena
- “Eu faço parte de uma narrativa grandiosa”
- Eu existo por um motivo
- Propósito
- Existe um destino que justifica o sofrimento
- Outra vida
- Outro mundo
- Outro tempo/circunstância
- Terei algo quando X coisas passar/acontecer
- A concretude desse mundo superior é dependente de fé
- Quando não encontra nada: Niilismo, onde os valores mais altos desvalorizam a si mesmos
Realismo
No realismo
- Metafísica
- Só há o mundo natural
- Natureza humana
- Mente e corpo são um só
- Epistemologia (como descubro a verdade)
- Conhecimento vem da integração entre razão e sentido, empirismo
- Moral e ética
- Busca pela felicidade, liberdade e individualismo
O mundo é aquele experimentado
Realismo e a busca por sentido
- Bem estar, como fonte de significado
- É a fonte de significado que foi colocada no lugar do mundo superior
- A roda do progresso gira nessa direção
- O trabalho como fonte de significado
- Experiências como fonte de significado
- Em um estado de sofrimento intenso, essas fontes de significado perdem relevância
- Framework de interpretação a priori
- Filtramos os fatos e damos interpretação a eles
Colapso das fontes de significado
- Crise existencial
- Fontes de significado comprometidas
Pragmatismo contemporâneo
- Mudança no terreno: Chegada da era da informação
- De um modelo de produção para um modelo de conhecimento
- O trabalho exige uma postura “inovativa”
- Problemas que emergem são inéditos
- Adaptação como fonte de ganho de eficácia
- De um modelo de otimização para um modelo de adaptação
- Modelo muito semelhante ao modelo darwinista de explicação do mundo natural e seleção das espécies
Teoria evolucionária do Darwin
- Mutações aleatórias vão causar mudanças
- Esses indivíduos vão competir
- Os mais adaptados sobrevivem
- Os que sobrevivem, se reproduzem
A adaptabilidade é o critério de seleção
- A aleatoriedade gera incômodo
- Alguns conceitos diferentes para entender essa aleatoriedade
Ortogênese
- Um modelo mais conveniente para nossa discussão sobre propósito e sentido
- A mudança é, de certa forma, buscada
- Adaptação como habilidade de mudar internamente para responder ao externo
- Auto-organização como cooperação
A empresa como organismo
- Como todos organismos, a empresa existe primariamente para sobreviver
- Destruição criativa
- Assim como na natureza, o processo se intensifica ao longo do tempo
- Com base na ortogênese, a mudança é intencional
- Além das pessoas e equipes, as ideias, formas de trabalho, métodos, produtos, também são parte do ecossistema
- As coisas tem ciclo de vida, relacionamento e participam da estrutura darwiniana
Pragmatismo
- As ideias como ferramentas que as pessoas inventam para lidar com o mundo
- Não é a descrição de uma verdade
- São produzidas por grupos de indivíduos
- São sociais, não sendo geradas por uma regra própria
- São respostas temporárias, a circunstâncias particulares e irreproduzíveis
- Charles Peirce e William James
- Pragma, ato ou ação
- Uma busca pelo o que funciona
- O significado e a verdade só emergem de uma ação concreta no mundo
- Só é verdade se funcionou
- A construção de uma teoria de verdade, a ser testada, para nos integrarmos ao mundo
- Não vamos restringir pragmatismo a praticidade ou a negação do idealismo
- Você é ator/agente com uma intenção de descobrir o que funciona, não a verdade
- Alguém que age no mundo buscando descobrir o que funciona
- A ideia se desenrola no mundo, e depois ela se descobre
No pragmatismo
- Metafísica
- O mundo como um mundo darwiniano. Tudo é processo, mudança. Você precisa se integrar
- Natureza humana
- Ser humano como agente de interação com o mundo
- Epistemologia (como descubro a verdade)
- Conhecimento vem da ação
- Ceticismo: pressuposto da ignorância, a vontade de mudar e a tolerância
- A verdade é um acordo com o mundo
- Moral e ética
- O que funciona tem que funcionar para o indivíduo e para o coletivo social que ele está conectado
Decisão pragmática
- Se caracteriza pelo conflito de valores
- As informações relevantes só se materializam no momento da decisão
- Não há como prescrever e saber a escolha certa antecipadamente
- Há tantas variáveis envolvidas, que não é possível prever
- Precisamos agir no mundo para ter a resposta
- Descrever o mundo como um processo dinâmico de situações inéditas que irão se apresentar a você
- O mundo evolui e está sempre em modificação
- Queremos estar de acordo com o mundo
- O ser humano é agente de execução, aquele que precisa agir para saber a verdade
A verdade pragmática é um acordo com o mundo, não uma descrição do mundo
- O acordo com o mundo é um encaixe (fitness) do agir com a resultante desse encaixe
- O mundo é a realidade que seleciona
- Olhar o mundo através de uma abstração
- O mundo superior, de forma abstrata, nos é útil pois nos dá propósito
- Queremos reduzir a discrepância entre o que ele é e o que ele deve ser: o impacto
- Olhar o mundo através de uma abstração
- O que importa é o processo de redução da discrepância, não o tamanho do impacto
- O impacto gera retorno como significado
- O significado vem pela consciência e participação
- O bem estar vem como resíduo, retorno do impacto
- Bem estar e significado passar a ser retorno direto da ação
- Não precisa deixar o idealismo de querer um mundo melhor, nem de buscar o bem estar, mas eles são consequências da ação direta
- Mas a participação nesse jogo não é uma narrativa grandiosa suficiente para ajudar a superar o sofrimento intenso
- Mantemos os mesmos problemas do idealismo e realismo
- O existencialismo também não resolve esse “problema perene”
- Idealizamos a direção, não o destino
- Precisamos considerar o social em cada ação que fazemos
- Não considerar os demais envolvidos, é ser consequencialista, não pragmático
- Tem que funcionar hoje, amanhã, no futuro
- O hoje não pode ser sacrificado pelo amanhã
- Não queremos impor nossa vontade no mundo, queremos nos encaixar no mundo
- Usar nossas paixões e vontades para preencher uma necessidade que o mundo possui
- Explorar, experimentar e descobrir o que funciona
- A vida não é dada
- Precisamos considerar o social em cada ação que fazemos
Como agir
Caos, ordem e consciência
Da realidade externa para a realidade interna
- Caos: Conceito existente em muitas mitologias e mitos da criação
- Mito Grego: Teogonia de Hesíodo
- Caos era um deus que nunca deixou de ser
- Já estava lá: potencial puro
- Do Caos, nasce Gaia (a ordem)
- Alternância entre caos e ordem
- Caos era um deus que nunca deixou de ser
- Mito Mesopotâmico: Enuma Elish
- Tiamat e Apsu
- Água simbolizando o caos: de onde nascem as coisas
- Vida é a estrutura de ordem que emerge do caos
- Mito Cristão: Gênesis
- Deus cria os céus e terra
- Seu espírito flutua sobre as águas
- A palavra como criação de ordem
- Deus cria os céus e terra
- Secular: Big bang
- Início como uma estrutura só potencial
- Ganho de ordem com o passar do tempo
- Em todos o mitos o mundo (ordem) é criada sob o caos e dado ao ser humano para que reine sobre ele
- Mito Grego: Teogonia de Hesíodo
- Mesma dicotomia com as ideias de Natureza e Cultura
- Escolhas criam novas estruturas de ordem
- Caos dá origem a ordem e vice-e-versa
- Nosso “reino” é aquilo que nossa estrutura de ordem toca, aquilo que conhecemos
- Múltiplos de nível de ordem que nos protegem do caos
- Natureza -> Caos = Criação (+) ou Destruição (-)
- Cultura -> Ordem = Estrutura & Conforto (+) ou Tirania & Paralisia (-)
- Um não é pior que outro
- Estamos só descrevendo a estrutura da experiência humana
- Ficamos entre a o caos e ordem
- Na mediação é onde temos que agir
Como essa ideia de caos e ordem podem nos levar a um estado de ação no mundo?
Uma psicologia para agir
Ordem psicológica
- Onde o comportamento bate com nossas expectativas e desejos
- É estrutura, território explorado
- Ficamos tranquilos
- Pode tornar-se tirania ou paralisia
- Falta de progresso
- A ordem patológica
- Não se renova mais
- Sem intermediação
- Sem mudança, sem atualização
- Quanto mais alto o custo de atualização, menos se atualiza
Caos psicológico
- Não sabemos onde estamos
- As coisas não acontecem como esperamos
- Não funcionam
- Onde as coisas criativas acontecem
- Nascedouro das ideias
- Transformações positivas
- Ansiedade positiva
- O caos patológico
- A ansiedade contínua
- Sem estrutura
- Sempre mergulhado no oceano de possibilidades
O giro de caos e ordem é o que dá ritmo a vida
Mediação
- A consciência é o mecanismo de mediação entre caos e ordem
- Cria ordem dentro do caos, e caos dentro da ordem existente
- Precisamos oscilar entre os dois elementos
- Ficar em um lado somente pode levar a patologia
- Ficar muito no lado da ordem é perder a capacidade de atualização
- Ficar muito no lado do caos é perder a noção da realidade
- Fluxo de consciência como mediador da ordem e caos
- Envolvimento com a atividade
- Apagamento do ego
- Ordem na consciência
- Metas realistas
- Habilidades correspondentes
- Oportunidades para ação
- Engajamento voluntário
- Senso de realização
- Um modelo de agir que nos ajude a vencer no dia a dia e nos permita alcançar o fluxo das coisas em movimento
- Vamos agir para colocar as coisas em fluxo
- Um fluxo que seja possível transitar entre estados psicológicos de caos e ordem de forma frequente
- Estabilização e Criação
- Ordem a ser questionada -> Ação -> Caos potencial -> Validação/Ganho de informação -> Elevação do nível de ordem -> Ação -> …
- O aprendizado é a medida de transição
- O passo no caos deve ser o mais rápido possível
- O fato de existir hipóteses significa que estamos no espaço do caos potencial
- Validar/invalidar essas hipóteses, diminui o caos
- O fluxo é a variação dos estoques dos nossos sistemas
- A vida a sua volta como algo que precisa ser colocado em ordem
- Transforme caos em ordem de forma consistente até nas pequenas coisas
- Crie, de tempos em tempos, espaço para o caos
- Mitigue riscos para fugir do caos acidental, mas aceite os riscos que o afastarão da ordem paralisante
O estado de fluxo como uma fonte de significado
- Quando estamos fazendo as coisas se organizar ao redor
- Estamos melhorando nosso estado psicológico
- Estamos buscando fazer coisas novas
- Estado de fluxo no agir
- Vigiamos a nós mesmos para estar no estado de fluxo
- O pragmatismo serve para garantir que o estado de fluxo está dendo canalizado para o local certo
- Como participo dessa história, fazendo a coisa certa, em estado de fluxo
- O cotidiano conectado com a estratégia com a grande história que queremos viver
- Iterativo e imperfeito
Como transcender ao agir para chegarmos onde é necessário chegar
- Mantemos o foco na realidade externa
Mito de Sísifo
- História contada na Odisséia
- Descrever um aspecto da condição existencial humana que é a repetição
- Viver uma vida em que tudo o que você faz não leva a nada
- Não há destino
O existencialismo em Groundhog Day
1. A Alienação
- Onde gostaria de estar: Apontamento para o não-lugar
- Um lugar que não é aqui
- Distanciamento com as questões do mundo
- A repetição do festival até então fez perder significado para ele (4 anos de festival)
- Distanciamento das pessoas que ele convive/trabalha
- O Phil tem que escolher entre passar pelo processo doloroso de se reconstruir OU morrer congelado (no sentido simbólico)
- Alienação é um distanciamento progressivo
- Do mundo, Dos outros, De si mesmo
- Algo que acontece quando temos a perda de significado
- Uma “esquiva” do grau responsabilidade sobre o mundo e as coisas que acontecem ao seu redor
- A realidade não é trazida a luz por um projeto consciente (agência). Ela vem de fora, dos outros, pelos outros e para os outros
- O mundo é empurrado para você
- Não há compreensão do processo de responsabilidade
2. O Absurdo
- A perda da certeza: começamos a ver buracos nas certezas que temos
- Isso nos derruba
- No início, há a tentativa de construção de justificativas para essa quebra de algumas certezas
- O mundo não se cansa de mostrar a sua indiferença pela nossa busca de valor e significado. O mundo não tem significado, nós que damos um significado a ele.
- Nesse momento o personagem vira o Sísifo
- A repetição é a pedra
- Suplício indescritível que em todo o ser se ocupa em não completar nada
- Camus coloca o Sísifo como herói absurdo
- Nesse momento o personagem vira o Sísifo
3. A reação ao absurdo
- O mundo despido de significado
- O ser se dissolve junto com o mundo
- Você carrega a pedra para cima da montanha, sem sentido
- Não há continuidade
- A vida era normal, mas algo acontece
- O próprio indivíduo tem que reconstruir sua estrutura de significado
- O ser se dissolve junto com o mundo
- A fadiga assombrosa
- Surge o por quê?
- A fadiga de uma vida maquinal
- É início da consciência da própria existência: e isso é doloroso
- Um movimento da consciência
- Julgar a própria existência
4. O Hedonismo e a fuga da responsabilidade
- Ainda na busca para lidar com o sentido, acabamos em algum “ismo”
- Ideologia ou estrutura pronta que possa nos dar significado
- Há o encontro de algo, que dá a sensação de controle, de perspectiva
- Mas há a percepção de incompletude, há algo que fica de fora
- Descida ao mundo inferior
- Ao chegar no cume, a pedra desaba até o mundo inferior, onde deverá ser reerguida até o topo
- Cria-se um novo objetivo
5. Autenticidade
- Aquilo que eu faço, eu faço com o meu verdadeiro eu e para o meu verdadeiro eu?
- Honestidade comigo
- O ideal te julga, pois nunca seremos válidos pelo ideal
- Mesmo fazendo tudo pelo ideal, somos rejeitados, pois sempre algo nos falta
- Há um desespero pela falta que não é compreendida
- A autenticidade falta com o distanciamento de si mesmo
- Personas que encenam a realidade
- Tentativas de criar formas ideias, sem significado para nós
- Distanciamento de quem somos
- Personas que encenam a realidade
- Autenticidade: Eu me engajo nos meus projetos por que são meus, são partes da realidade que estou construindo
- São extensões de nós mesmos
6. Niilismo
- Ao não conquistar o ideal, perde-se a noção do que conquistar
- Só resta o eu a sombra
- A sombra carrega
- Sofrimento com a consciência
- Só resta o eu a sombra
- Enquanto não houver autenticidade, não há saída
- A vida não vale a pena do jeito que está
- Camus traz que o maior problema é discutir por que que vale a pena viver uma vida quando ela perde sentido
- O passado machuca e há uma inevitabilidade de um futuro de maior sofrimento
- A honestidade é início da retomada do processo de autenticidade
- Percepção da vulnerabilidade e da necessidade dos outros (além da instrumentalização)
- Retomada da capacidade de criar a si mesmo
7. Reconciliando-se com a vida
- O herói consciente
- O ser humano capaz de sair do outro lado, reconstruir o significado
- Apreço pelo presente, pelo o que temos, mesmo que seja “um inverso deprimente e sombrio”
- Uma virada para os projetos que ajudam a chegar o que somos
- Doar-se para os outros em nome da redução de sofrimento
- Romper a barreira de fazer pela motivação extrínseca
- Um caminho de redução de sofrimento
- Não importa o que acontecer amanhã
- Estou feliz agora: A felicidade emerge pela nossa postura diante das escolhas que fazemos dada a realidade que vivemos
- O amor como possibilitador de ligações: o amado como parte de nós mesmos
- Tomar as coisas como parte de nós
- O amor como ampliação da individualidade
- Conecta a coisas que importam. As coisas que estamos envolvidas no dia-a-dia realmente importam
- Hoje é amanhã
- Vida presente e futuro integrados
Como tornar-se quem você é
O Sacrifício de Isaac
- Soren Kierkegaard
- Qual a ansiedade de Abraão quando Deus mandou ele matar seu filho mais amado?
- O que se passou em seu espírito enquanto ele viajava por três dias até o local do sacrifício
Problemata: conjunto de problemas
- Três problemas
- Problema 1: Podemos dizer que existe uma suspensão teleológica do que é considerado ético?
- Problema 2: É possível dizer que existe um dever absoluto para com Deus?
- Problema 3: É eticamente defensável que Abraão esconda suas intenções de Sara e Isaac?
- Abraão possui uma missão que foi dada somente para ele
- Socialmente seria errado matar Isaac (assassinato)
- Individualmente também era errado, pois amava o filho
- O que estava acima (no caso Deus) é o que comandava
- A suspensão teleológica do ético
- Abraão precisou ir além de uma ordem social
- Isso acontece quando você transcende o universal em nome de algo maior
- Ao manter a decisão para si, Abraão abre mão do amparo da estrutura social
- Singularidade da existência: as leis morais universais nem sempre contemplarão as necessidades da nossa existência individual
- O que sobra da contraposição do social e nossa existência, o que sobra é a individualidade
- A individualidade sobra, não se encaixa na estrutura ética
- Quando nos submetemos ao encaixe, perdemos partes significativas da nossa individualidade
- Há uma vida que não está sendo vivida. Há uma escolha existencial que os outros estão fazendo por você
- Não é uma crítica ou negação dos sistemas sociais
- Os trilhos e estruturas são necessárias
- Mas precisamos ter consciência que em algumas situações, fazer o encaixe gera uma perda
- A fé envolve a suspensão teleológica do ético
- Permite escapar do “jeito certo a se fazer” para “fazer a coisa certa”
- Percepção ou instinto não racional, é um salto (salto de fé)
- Salto de fé
- Ignorar a estrutura social para fazer algo que só você acredita, sem ter uma base racional
- Entra em confronto com a norma de ação
- Você decide que na sua singularidade deve ser diferente
- Dimensão de significado que é próprio do indivíduo
- Colocar-se acima do universal
- Abraão não tinha justificativa para acreditar que era um comando de Deus
- Sua única justificativa era a paixão pelo salto de fé
- Não há motivo para confiar no conteúdo do salto
- Mas, em nome da existência, era preciso confiar no ato de saltar
- Processo de se destacar dos demais, de tornar-se si mesmo
- A racionalidade não serve para explicar, pois os parâmetros externos não servem para saltar para mim
- Incorporar um jeito de ser, uma incerteza objetiva
- Estilo, um jeito de ser próprio
- Uma elevação da autenticidade
- A partir de diversos saltos é que torno quem eu sou
- Incorporar um jeito de ser, uma incerteza objetiva
Mas há um problema: Quais padrões governam essa dimensão em mim e que não é governada pelos padrões universais?
- Qualquer método que diga como você se constrói, cai no mesmo problema de ser governado por padrões universais
- Não há como definir um método genérico para resolver um problema singular
Nietzsche e a solução estética
- Se há um imperativo de estilo em trabalho de arte, há um padrão para julgá-lo (Gaia Ciência)
- Mas não uma regra geral
- A norma é interna ao trabalho em si
- Para criar significado e valor é necessário dar forma às inclinações, motivações e paixões particulares
- Um instinto governante
- A obra emerge do artista pelo aquilo que ele coloca de si na obra
- A norma é a posteriori
- A obra vem, e depois a descrição da obra vem
- A norma é a posteriori
- O método para criar ou construir essa existência em direção a uma autenticidade tem que ser feita como um artista cria uma obra de arte
- Criação de um estilo de ser que não pode ser entendido em termos de motivações e inclinações imediatistas nem em termos de uma regra universal de comportamentos
- O que eu sou termos do meu jeito de ser
- Desenvolver sua unicidade, respostas únicas para as perguntas que angustiam (e muitas são universais)
- Minhas respostas servem para mim
- Ninguém pode nos dizer o que fazer
Tornar-se quem você é
- Reestabelecimento do destino da transformação
- A existência precede a essência (Sartre)
- A vida não tem sentido a priori
- Máquinas e animais são precedidos pela essência
- Para nós, a essência vem no final
- O valor é o sentido que escolhemos
- A vida não tem sentido a priori
- A existência precede a essência (Sartre)
- Composição de forças que torna quem você é
- Dar forma a paixões particulares, às inclinações, às motivações
- Não encontramos nosso eu autêntico deixando para trás ou esquecemos algumas coisas
- O Übermench é quem concebe a realidade como ela é, não se ressentindo com isso
- É aquele que organiza o caos dentro de si
- Ele contém em si tudo que essa realidade possui
- Tudo que te compõe há de ser útil, inclusive os defeitos, as partes obscuras
- Não é uma disputa entre partes (dualismo), é uma integração daquilo que nos forma
A ideia organizadora
- Motivador dominante que captura todas as forças e crenças que existem em você e as coloca para agir em uma direção
- De assumir riscos e projetos
- Enfrentar situações
- Interesse por coisas que são particulares a você
- Uma força de ação que a razão não controla
- Estrutura as forças competidoras em uma devoção unificada em direção a uma meta heróica que dá sentido a vida
- Ela não age por meio de um ato de vontade, mas com uma inteligência própria
- Ela revela-se no curso da vida
- Devemos observá-la e mantê-la atuante
- Não devemos limitar seu crescimento ou atividade
- A ideia organizadora em Nietzsche
- Aquela que é destinada a dominar
- Cresce pouco a pouco
- Lentamente te conduz de volta dos desvios e vias secundárias
- Te prepara para obter capacidades e habilidades que ela vai precisar
- Meios indispensáveis para chegar ao todo
- A meta, o destino, se revela depois
- Reavaliação de todos os valores
- Olhando para trás, conseguimos ver um padrão
- Que força que fez chegarmos aos resultados que chegamos? A resolver nossas contradições?
- Os seres humanos são seres auto-interpretativos
- Quem articula por meio de linguagem expressiva, cria a si mesmo
- Expressividade para gerar algo único através das coisas que existem dentro de nós
- Nossa vida é uma obra cujas as normas estão dentro de nós mesmos
- A ideia organizadora já existe, mas nem sempre paramos para observar
- Quando desbastamos o concreto e abrimos caminho para a descoberta do abstrato, desvelamos aqui que é essencial
Totalidade harmonioso
- Não precisamos de MAIS COISAS
- Mais conhecimento
- Mais tempo
- Mais dinheiro
- Mais amigos
- Precisamos de harmonização
- As outras coisas da vida se desorganizam quando buscamos uma coisa somente
- E vamos nos desorganizando
- As coisas precisam se integrar melhor, não crescer mais
- As outras coisas da vida se desorganizam quando buscamos uma coisa somente
- O processo de auto-construção é iterativo
- Trabalho em mim mesmo
- Dou saltos de fé, com base em informações que tenho dentro de mim
- Vou ampliando minha autenticidade
- Há um destacamento do geral: assumir riscos, crescer como pessoa
- Seu propósito social se manifesta como resíduo do processo de auto-construção
- O que você faz para construir a si mesmo, desemboca no social, desencadeia uma série de mudanças no mundo a sua volta
- Amor ao distante: Se o resíduo for bom, ele irá permanecer mesmo depois que você se vai
- Você vai obter ajuda com quem sabe, mas a responsabilidade é sua
- Resolver esse problema complexo é trabalho seu
O eterno retorno
Passado
- Reviver o passado infinitamente
- Sem o remorço ou sem arrependimento
- Sem a vingança ou sem a nostalgia
- Encarar nossa vida como obra de arte permite entender que há uma eternidade naquilo que nossa vida é
- Tomamos as decisões e vivemos a vida, é como se lançássemos a obra
- As decisões erradas são parte da obra, nós assumimos assim
- O passado é isso mesmo e me trouxe onde eu estou
- Reconciliar-se com o passado para poder projetar o futuro
- Todo foi é um fragmento, um enigma
- Mas eu quis assim (vontade criadora)
Presente
- O eterno retorno nos atinge como um chicote que nos obriga a sermos criativos
- Colocar a luz
- Não podemos mais ficarmos parados ante ao absurdo
- Nem fugir
- Somos obrigado a viver como artistas, retrabalhando a nossa vida intensamente
Futuro
- A repetição nos obriga a fortalecer-nos
- Elimina meio-quereres valores hipócritas e covardias
- Mesmo aqueles que permitimos por ser “a última vez”
- Não existe última vez
- Cada ato singular retornará infinitamente
- Saia de si mesmo, olhe para sua vida como uma obra e questione o que você quer construir
Propósito
- Propósito é o resíduo de algo que você faz que causa um efeito no outro
- O que esteve sempre presente na sua vida e coloca em estado de fluxo
- Fazer as coisas na direção que amplie significado ou reduza sofrimento