Product Leadership
- Autores principais
- Conceitos básicos
- Pessoas
- Produto
Curso ministrado pelo Alexandre Spengler
- Curso sobre gestão de pessoas de produto
Autores principais
- John Hamm
- Kim Scott
- Ben Horowitz
- Marty Cagan
Conceitos básicos
Liderar é sobre…
- Credibilidade (caráter)
- Influência: estar o tempo todo conversando e convencendo
- Autenticidade: verdadeiro com os sentimentos e com o racional, conexão que gera credibilidade
- Confiabilidade: o que sustenta a nossa liderança
- Competência (habilidade)
- Pessoas: saber, conhecer pessoas
- Estratégia: como estrutura para chegar ao sucesso
- Execução: como coloca as coisas para funcionar
- Consequência (caráter)
- Tomada de decisão: Agir sobre o que acontece
- Comunicação: Falar a língua das pessoas
- Impacto: Resultado que você gera como líder
Papel do líder de produto
- Estratégia: Definir claramente a estratégia do produto
- Edição: Criticar a forma como cada PM está gerindo o produto
- Coaching: Dar apoio necessário para que cada PM evolua constantemente
- Priorização: Ser, em última instância, responsável pelas priorizações
- Execução: Garantir que a estratégia está sendo executada
Leadership is people business - John Hamm
- Como líder, você fará produto através das pessoas
- Editar os PMs é seu principal papel
- Você tem que estudar sobre gestão de pessoas tanto quanto você estuda sobre gestão de produtos
- Liderança e Gestão são coisas diferentes, mas necessárias
Pessoas
- Primeiro trabalhe seu autoconhecimento
- Para ajudar os outros, comece por aqui
- Temos um limite, pois não somos psicólogos
- Você precisa conhecer suas fraquezas e fortalezas
- Não tenha problema em dizer que você não é bom em algo e buscar fora o conhecimento para ajudar o seu time
- Conheça cada pessoa do seu time
- Cada uma delas é única
- Não tente replicar você
- Fazer as pessoas evoluírem sem impor o seu jeito
- Ferramentas para entender as características
- Por exemplo, o DISC:
- Dominância
- Conformidade
- Influência
- Estabilidade
- Não tagueie as pessoas, pois são comportamentos, e eles mudam
- Mas ajudam a interagir com as pessoas
- Apoiam como nos conectamos com as pessoas
- NÃO trate as pessoas como você gostaria de ser tratado
- Trate como elas gostariam de ser tratadas
- Por exemplo, o DISC:
Confiança
- Construir relacionamento de confiança é determinante para a qualidade da sua liderança
Radical Candor
Kim Scott
- Radical Candor = Se importar pessoalmente com as pessoas & Provocar diretamente as pessoas para elas evoluírem para onde precisam
- Não é somente sobre ser profissional, é sobre ser profundamente pessoal
- Queremos criar uma relação de profundidade com as pessoas para sermos bons líderes
- Nosso papel é conseguir extrair o máximo das pessoas
- Mas elas precisam estar 100%, e o líder precisam dar condições para isso
- Passar feedbacks duros, tomar decisões e exigir bons resultados é o papel do gestor
- Mas é fundamental se conectar com as pessoas
- Feedback é uma percepção
- É a nossa percepção da verdade, e podemos estar errados
- É o que estamos percebendo, como estamos percebendo e sentindo
- Nem todos feedbacks farão sentido e serão utilizados
Ferramentas de liderança
Feedbacks
- É melhor dar feedback do que não dar feedback nenhum
- SCI = Situação (quando, onde), Comportamento (o que a pessoa fez), Impacto (a percepção do que isso ocasionou)
- SCI+A = A de Acordo (o que poderia ser feito)
- Feedback se dá quando está fresquinho
- Não julgar as pessoas, mas falar sobre as suas percepções
- Sem feedbacks terceirizados (você não estava na situação e ouviu de outro)
- Sem feedbacks de coisas que passaram há muito tempo
Impactos
- A mudança se dá quando os pares dão feedback entre si, não somente o líder
- Não começa dando feedback, começa escutando feedback
- Não espere feedbacks estruturado
1on1’s
- 1on1’s e feedback são as ferramentas essenciais de liderança
- É um encontro frequente entre o líder e o liderado
- Mantenha a frequência
- Evite cancelar (reagende, mas não cancele)
- A pauta é do liderado, não do líder
- Quem mais tem que se preocupar com a carreira é o liderado
- O líder pode trazer assuntos, mas a prioridade é do liderado
- Boa parte do tempo será escutando
- Se você passa a maior parte do 1on1 falando, as coisas não estão indo bem
- Foque no que a pessoa quer discutir e escute muito
- Evite
- Reuniões muito curta
- Cancelar
- Falar mais que o liderado
- Usar exclusivamente para status report e encaminhar demandas
Primeiro 1on1
- Regras de funcionamento
- Três perguntas
- Passado
- Futuro
- Presente
Team Building
- Não é sinônimo de barzinho com cerveja
- As pessoas são diferentes e nem todos gostam ou podem fazer isso
- Como criamos momentos onde todas as pessoas consigam se conectar
- Confiança é a base e por isso precisamos conhecer as pessoas e que elas se conheçam
- Construir um time de alto desempenho necessita essa conexão
- Atividades que falam das experiências e da história pessoal auxiliam muito a conectar e o que as pessoas querem
Feedback 360
- Ao vivo, onde as pessoas terão oportunidade de dar feedback para todos
- É necessário preparo, agenda e tempo para as pessoas prepararem os feedbacks (uma semana a 10 dias)
- Tenha alguma dinâmica anterior
- Dinâmica de feedback
- 3 minutos para dar feedback para cada pessoa
- É bom haver um isolamento para que a dinâmica funcione melhor
- No dia seguinte, o gestor deve estar disponível para dar espaço das pessoas te procurarem
- As pessoas não terem feedback também são informação (talvez elas estão se relacionando menos do que deveriam)
- O gestor deve dar o exemplo de feedbacks com pontos de melhoria caso a equipe fuja disso
- Nada que o gestor fale deveria ser novidade para o liderado
- No máximo o destaque e a narrativa, pois os feedbacks do gestor devem ser contínuos
- Percepções gerais também são feedback, pois falam para quem recebe qual a percepção que as pessoas estão formando dela
Nivelamento/Leveling
- Quando há mais de um líder para o mesmo papel, é necessário
- Normalmente uma matriz de dimensões x nível
- As dimensões conversam com a atividade e com as características e cultura da empresa
- Os níveis
- Serve como guia para as pessoas se situarem e se avaliarem
- Tentar reduzir as discrepâncias nas avaliações
- Já há uma constância nas estruturas de níveis nas Big Techs
Performance reviews
- Avaliar pessoas não é simples
- Mesmo com a ajuda leveling, que serve de guia, há mais coisas a serem levadas em conta
- A calibração entre lideranças ajuda a reduzir as discrepâncias
- Três pontos que devem ser levados em conta, com ou sem leveling
- Comportamento: Como você entrega
- Resultado: O que você entrega
- Influência: Quem você impacta
- É um processo interativo e deveria envolver uma mão tripla (liderado, líder, pares do liderado)
- Deveria envolver:
- Feedback do líder
- Feedback do time
- Próximos passos (o que a pessoa precisa fazer para chegar no próximo passo)
- Avaliação de desempenho (resultado, comportamento, influência)
- Carta resumo (reforço dos pontos e disponibilização)
- Próximas metas (metas tangíveis para o produto e avanço de carreira)
- Novamente, nada do que for dito na Performance review deveria ser novidade para a pessoa, dado que ela deve ter recebido isso durante o período
- Performance review não é Compensation review
- Estão relacionados, mas a mudança da compensação não leva só isso em questão
Questionário de feedback 360
- Pode ser assíncrono
- Cuidado com escalas de avaliação
- Olhar mais os deltas que os valores absolutos
- Dá bastante trabalho, mas permite visualizar a relação entre as habilidade e na equipe
- Rodar anualmente
- Pessoas com menos de seis meses não são avaliadas
- Se toda sua equipe está com uma habilidade X baixa, você como líder está falhando nesse ponto
Tour of Duty
- Contrato informal entre líder e liderado com objetivo que exista uma relação benéfica entre ambas as partes
- Ajudar a reter as pessoas ao enxergar como estar ali pode estar beneficiando elas
- O Tour
- O que a pessoa almeja para o futuro
- Um documento, parágrafos, não bullets
- Próximo passo de carreira
- Construir na vida pessoal
- O que a pessoa precisa desenvolver para chegar lá
- Habilidade, conhecimentos, ligações
- Qual o objetivo desse tour
- Dois anos de tour
- O que aprenderá nesse tour (que não precisa chegar no objetivo final)?
- O que a empresa ganha com isso
- Se o objetivo for alcançado, qual o benefício para a empresa?
- O que o liderado ganha com isso
- Se o objetivo for alcançado, qual o benefício para o liderado?
- Quais as ações práticas
- O que pode ser feito desde já para ajudar o colaborador e a empresa nesse caminho?
- Pequenas ações já ajudam
- O que a pessoa almeja para o futuro
A melhor vantagem para reter as pessoas (e atraí-las, a longo prazo) é garantir que as pessoas terão um desenvolvimento de carreira desproporcional do que elas terão em outro lugar
Coaching
- O processo de treinar alguém a fazer seu trabalho melhor ou aprimorar uma habilidade
- Mentoring é quando você vai lá e dá a resposta. Coaching é fazer as perguntas
- O coaching é mais custoso, mas é mais eficiente. Ensina como a pessoa pode pensar a resolver a situação
- Formatar o modelo mental
- Hard skills são mais fáceis, especialmente com pessoas inteligentes na equipe
- Mesmo assim focar como a pessoa está fazendo, não no o que ela está fazendo
- Soft skills são mais difíceis e exigem mais tempo
- Processo seletivo, especialmente para júnior e pleno, deveria ser focado em contratar pessoas com soft skills mais altas
- Colocar a pessoa para trabalhar com alguém que se comunica muito bem
- Ajude a pessoa a dissecar o processo de quem ela está pareando
Pontos fortes
- Tendemos a exagerar nos pontos ruins
- E as pessoas tendem a no máximo a nivelar isso
- O controle de danos serve para evitar fracassos
- Precisamos ajudar as pessoas a melhorar mais ainda seus pontos fortes, para se destacarem
- Geralmente somos bons naquilo que achamos fácil
PM-Company fit
- Cada empresa tem coisas que precisa que o PM faça bem
- Uma pessoa pode ser um PM regular em uma empresa e ótimo em outra, ou seja, uma falta de fit
- É necessário que isso esteja claro para saber quais habilidades precisam ser niveladas e quais podem ser catapultadas (pontos de convergência entre as habilidades que a pessoa é boa e que a empresa precisa)
Contratação/Hiring
- Sempre estar atento a pessoas boas que estão no mercado
- Normalmente em hard e soft skill
- Mas foco maior no soft
- Conhecimento de business é um diferencial, mas não deveria ser um impeditivo
- Pontos que o Spengler avalia que as pessoas tem maiores gaps no processo seletivo
- Tomada de decisão (em situações diferentes, com pouca ou muita informação)
- Comunicação
- Senso de produto (visão, estratégia, produtização)
- Descoberta de produto (não sabe estruturar e executar o processo)
- Contratar as pessoas pelos pontos fortes, não pela ausência de pontos fracos
- Ser inteligente não é suficiente
- O fit das habilidades com a empresa é importante
- A pessoa simplesmente “passar” no processo seletivo, não é suficiente
Onboarding
- A expectativa que um PM esteja rampado de 3 a 6 meses
- Processo de onboarding
- Garantir o alinhamento cultural
- Trazer o contexto da empresa
- Trazer o contexto do time
- Alinhar a expectativa do onboarding
- Agendar as primeiras semanas, com guias e materiais
- Conseguir provocar uma primeira vitória
- Fazer algo e ter um sucesso (curto prazo)
- Serve para entender o processo da empresa
- Fazer a pessoa ganhar confiança
- Calibre o desafio conforme a senioridade da pessoa
- O desafio é passar o contexto mais rapidamente possível e ter certeza que a pessoa ganhará confiança para continuar
Alocação/Staffing
- Ter certeza de que as pessoas estão trabalhando com produtos certos para gerar o melhor resultado para a empresa
- O ciclo de vida do produto ajuda a pensa isso
- Exemplo:
- PM em produto em introdução devem conseguir navegar bem na incerteza, serem bons em pesquisa qualitativa e iterar rápido
- PM em produtos maduros devem ser melhores em análise de dados e serem mais cautelosos devido os impactos
- Que características o PM deve ter para o produto nesse estágio
- Exemplo:
- Qual tipo de produto? Customer facing? Tech? Growth? Business oriented?
- Quais as habilidades que a pessoa tem e se isso se encaixa nesse produto
Demissão/Firing
- Em caso de baixa performance, não deveria ser novidade para a pessoa
- Depois de muito tempo com baixa performance, a pessoa deveria entrar em bandeira amarela
- Não demore para entrar no processo de bandeira amarela
- O plano de ação deve ser feito, com indicador, e a pessoa deve saber que será desligada após isso
- O plano deve ser factível, senão não faz sentido
- Tenha indicadores para dar clareza
- A pessoa não pode ser pega de surpresa
- Depois de muito tempo com baixa performance, a pessoa deveria entrar em bandeira amarela
Produto
Tomada de decisões difíceis
- Todos precisam tomar decisões, mas quanto mais alta a posição, mais difíceis elas são
- Elas são responsabilidade da liderança
- Decisões fáceis devem ser delegadas
- Ben Horowitz: Coisas difíceis são assim por que não há receitas ou respostas fáceis
- Por que as emoções se misturam com a lógica
- Por que você não sabe a resposta
- E o simples fato de pedir ajuda pode demonstrar uma fraqueza que você não gostaria
- Exigem mais consciência das emoções que temos, mesmo que elas estejam muito misturadas com os racionais
- Se não estamos criando racionais para justificar decisões completamente emocionais
- Quando a discussão é emocional, ela deve ser contra-argumentada com decisões emocionais
- Decisões difíceis são diferentes de decisões desconfortáveis
- Decisões difíceis tem poucos dados, pouca clareza e as consequências são grandes e difíceis de mudar
- Decisões desconfortáveis só são incômodas de comunicar
- Qualidade na tomada de decisão é algo que vem com a prática e com a experiência
- A decisão é o resultado do processo
Dois tipos de decisão do Jeff Bezos
- One way door: decisões as quais voltar é muito caro
- Esse tipo de decisão que não importa a qualidade, importa é velocidade
- Two way door: decisões sem ou com custo muito baixo
- Nesse tipo de decisão o que importa é qualidade
- Como eu consigo mudar uma decisão de One way door para Two way door?
- Deslocar o risco para que seja possível mudar de ideia
- Velocidade na tomada de decisão é o que, como time de produto, deveria estar buscando
- Para aprender mais rápido
- Tomada de decisão é um proxy para entender a velocidade de evolução de um produto
Hierarquia de decisões
- Cada papel/posição tem um escopo de decisão diferente
- Muitas das decisões das lideranças devem ser muito cuidadosas, para não parecer top-down, atravessamento
- Seu papel como liderança é desenvolver as pessoas para que elas possam cada vez mais de tomar as decisões difíceis
- Se a PM não toma a decisão, ela não melhora a capacidade de tomada de decisão
- Algumas vezes a pessoa precisa ser desenvolvida, mas isso nem sempre tem tempo hábil
- Posição hierárquica é supertrunfo: pode ser usado, mas tem que ser escasso
- Se isso for necessário sempre, há outros problemas maiores: ou você não está treinando a equipe apropriadamente, ou está contratando mal, ou está gerenciando mal, ou deveria demitir
- Você, como liderança de produto, deveria tratar seus PMs como um investidor trata os empreendedores
- Coaching, mentoring, supporting, feedback, apoiar em visão e estratégia
- Quando você coloca um time na mão de um PM, isso é investimento
- Consenso é um processo muito lento e tem que ser usado em decisões que podem ser lentas assim
- Não que as pessoas devam ser ditadores. Ponderação e escuta devem ser habilidades cruciais
- Ownership: se uma decisão for tomada errada, deve haver um responsável
- Não é para apontar dedo, é para ter responsabilidade e gerar aprendizado
- É fundamental entender quem decide o que melhorar
Evolução de carreira de Product Managers
- Evoluem com desafios cada vez maiores e incentivos na medida certa
- Quanto maior o impacto e o escopo, maior a evolução da pessoa PM
- Escopo é algo que “naturalmente” vem em ambientes em crescimento
- Não necessariamente está atrelada a um bom trabalho, é só não fazer errado
- Em empresas mais estabelecidas, o escopo cresce mais lentamente e pode ter mais vínculo com mérito
- Mais escopo amplia a capacidade gerar mais impacto
- Escopo é algo que “naturalmente” vem em ambientes em crescimento
- Escopo e impacto devem ser calibrados com o tempo
- Essa variáveis devem ser movimentadas conforme o objetivo de desenvolvimento de carreira da pessoa
- Se a pessoa quer evoluir para uma carreira mais ligada a gestão, dar mais escopo é uma variável que gera esforços nessa direção: liderança, gestão de tempo, contato com pessoas
- Se a pessoa quer evoluir em uma linha mais técnica, movimentar a variável impacto, colocando a pessoa em um produto mais crítico ou complexo
Maturidade de PMs
- APM - Associate Product Manager
- É uma assistente, uma trainee
- Está associada a alguém, provavelmente outro PM
- Não trabalha sozinha no time
- Não devemos segmentar a atuação por etapa
- Deve atuar end-to-end
- A pessoa deve entrar no processo inteiro
- Programas de APM são uma ótima maneira de trazer talentos
- É uma assistente, uma trainee
- Product Manager Junior
- Já está sozinha no time, mas tem alguém acompanhando o tempo todo
- Atua com produtos pequenos e com pouco risco
- Precisa de apoio de verdade
- Ela sabe que não sabe as coisas
- Precisa de apoio técnico e emocional
- Não devemos segmentar a atuação por etapa
- Deve atuar end-to-end
- A pessoa deve entrar no processo inteiro
- Já está sozinha no time, mas tem alguém acompanhando o tempo todo
- Product Manager Pleno
- Já está mais estabelecida no time
- Não precisa tanto de alguém mais sênior
- Mas o resultado dela oscila bastante
- Precisa de repertório e tempo para construí-lo
- Ter feito uma vez não é saber fazer
- Product Manager Sênior
- Já tem uma constância em gerar resultados
- Ela sabe no que é boa e no que não é
- Sabe pedir ajuda
Alinhamento de time
- Reunião tática semanal
- Revisão dos indicadores e métricas dos times
- Revisão do board de processos e mudanças
- Participam os PMs do produto/tribo
- Reunião estratégica mensal
- Revisão dos indicadores e métricas dos times
- Ações e resultados
- Forecast para os próximos 3 meses
- Ações planejadas e resultados pensados
- Fazer os PMs refletirem sobre as ações e impacto das métricas
- Um relatório é feito antes e passado para todos antecipadamente
- Não tem ppt. A apresentação é feita sobre o doc
- Participam os PMs do produto/tribo
- Revisão dos indicadores e métricas dos times
- Critique/Working sessions
- O PM apresenta o que está fazendo/pensando
- Mais focado em discovery e em lançamentos
- Participam os PMs do produto/tribo
- O PM apresenta o que está fazendo/pensando
- Product review
- Do time para a empresa
- Aprendizados, resultados e lançamentos
- Sync executivo
- Líderes de cada produto apresentam para esses executivos
- Foco em resultados e levar perguntas
- O que quer extrair desse time de executivos
- Ocorrem a cada um ou dois meses
Ferramentas de alinhamento
Roadmaps
- O roadmap não é um compromisso, não é uma ferramenta de planejamento
- O roadmap serve para comunicação de plano de evolução desse produto baseado no que eu sei hoje
- Mas amanhã pode mudar, por que saberei coisas diferentes
- Se os objetivos mudam, o roadmap muda também
- Duas visões
- Orientado a features: mais claro, mas gera mais expectativas
- Orientado a benefícios: mais flexível, mas gera mais insegurança nas pessoas e pode perder valor no processo de comunicação
- Distribuição
- Por trimestre: ganha mais precisão, mas fica muito atrelado a uma ideia de planejamento
- Por horizonte: perde-se precisão, mas dá mais maleabilidade
- O Now pode ser orientado a feature (afinal, já estamos fazendo)
- O Next, orientado a problema
- O Later deve ser usado como recurso tático da apresentação (ter aquela feature que os stakeholders estão querendo), não para conter tudo que pode vir no futuro
- Para além da comunicação, o roadmap serve para tangibilizar no caso de investimento
- Quarter a quarter, por feature, é o modo mais simples de fazer isso, de explicar isso
- Mesmo que você não vai fazer desse modo depois
- É um roadmap aspiracional, não plano de entregas
OKRs
- OKR não é ferramenta de gestão
- Não serve para atrelar performance, salário, bônus
- Ninguém vai querer colocar um OKR agressivo se estiver ligado ao bônus
- Permite fazermos o moonshot, buscando atingir o ideal e não o “viável”
- A meta pode vir do OKR, mas por si só não serve como meta
- Também é ferramenta de comunicação
- OKRs guiam roadmaps, não o contrário
- Em algum nível, o OKR elimina a necessidade de Roadmaps
- Os PMs devem ter controle dessa métrica
- Saber o que fazer para a métrica subir ou descer
- O desempenho do PM deveria ser sobre esse controle
- Geralmente anual para a empresa e trimestral para a área/produto
- Mas trimestral é oneroso, fazendo com que semestral seja mais viável
- Deveria perdurar o tempo em que o objetivo faz sentido
- O primeiro KR deveria ser a North Star do time/área/produto
- Mais um ou dois KRs como métricas de controle (guardrails)
- Contramétricas
- Mais um ou dois KRs como métricas de controle (guardrails)
- Os “Os” (Objetivos), deveriam ser top-down (devem vir da liderança)
- Já os KRs, deveriam ser bottom-up
- Time autônomo é como o time resolve o problema, não sobre quais problemas esse time escolhe resolver (Marty Cagan)
- O jogo só é interessante se as pessoas sabem as regras
- É dar direcionamento
Árvore de Oportunidades
- Originalmente criada para organizar o processo de discovery
- Pode substituir o roadmap
- Alia os objetivos, com os KRs, com as oportunidades mapeadas e as apostas dos times
Estrutura
- Ou topologia de times
- Talvez seja um termo melhor que estrutura
- Há uma convergência para o modelo de estrutura que o Spotify propagou
- Queremos maximar a autonomia E alinhamento
- Com alinhamento mas sem autonomia = microgerenciamento
- Com autonomia mas sem alinhamento = equipes perdidas
- Não existe a estrutura ideal
- Você tem que escolher quais problemas você vai ter
- A estrutura é viva
- A empresa muda, cresce, e a estrutura tem que ser revista
- O objetivo da empresa e a estratégia de produto formaram a estrutura e tudo abaixo (OKRs, Roadmaps)
- A estrutura é uma consequência da estratégia
- Os times são orientados:
- Por objetivo: Aquisição, Growth, Conversão, Onboarding
- Existem enquanto o objetivo faz sentido
- Melhor para produtos em estágios iniciais
- Área de produto: Conta, Cartão de débito, Cadastro
- Geralmente mais perenes
- Mais fácil de segregar o ownership de cada sistema
- Tipo de cliente: Buyer, Seller, Consultant
- A estrutura pode ser mesclada
- Por objetivo: Aquisição, Growth, Conversão, Onboarding
- Lei de Conway
- O sistema construído terá a mesma estrutura de comunicação da empresa
Processo de desenvolvimento de produto
- Quando você escala, se não houve uma estrutura minimamente organizada de como o produto é desenvolvido, cada vez será mais ingerenciável
- Cada time terá seu processo
- Será difícil unificar as visões para entender como as coisas estão andando como um todo
- Um processo definido auxilia a fazer o onboarding das pessoas novas
- As pessoas tem autonomia, mas estrutura mínima é necessária para que todas estejam na mesma página
- O processo deveria contemplar pelo menos
- Um fase para entender o problema
- Para os problemas que sobreviverem, uma fase de experimentação e definição da solução (Discovery)
- Uma fase de desenvolvimento, a construção efetiva para a experimentação validada
- Uma fase beta, ou pré-lançamento, para colocar na mão de alguns clientes e testar o todo na realidade (vendas, suporte, CS, operação), ver os impactos e resultados
- Uma fase de lançamento efetivo, com comunicação, rollout geral
- Uma fase de monitoramento, onde olhamos e cuidamos daquilo que fizemos, vemos melhorias e ajustes
- As fases podem ter um conjunto de coisas que podemos fazer e a expectativa de entregável da etapa
- O PM vai estar em 10~20% na etapa de desenvolvimento
Estratégia
- Não existe estratégia certa ou errada. Existe a estratégia que você consegue defender e a que você não consegue
- Só sabemos se ela deu certo ou errado olhando para o passado
- Indicadores nos ajudar a navegar, mas não predizem o resultado
- A estratégia tem que ser resiliente, ou então ela não serve ou não está preparada
- É o link entre a visão do produto e o que na prática os times farão agora
- Como líder de produto, as principais coisas que você faz é coaching estratégia
- Garantir que o produto e as pessoas estão evoluindo na direção correta
- Três principais drivers de estratégia (não para produtos pré-PMF)
- Monetização
- Crescimento
- Engajamento
- Sua estratégia deve ter um driver (um não é dois)
- Estratégia é mais sobre as coisas que você não vai fazer do que sobre vai fazer
- Estratégia é sobre cumprir as lacunas de mercado que tem valor para o cliente
- Oceano azul
- Vantagem competitiva
- As pessoas precisam saber o que é sucesso com essa estratégia
- Segmentar para focar
- Não existe atender todo mundo
- Ideal Customer Profile
- Comunique exaustivamente a estratégia
- Não existe comunicar em excesso
- Responder às mudanças é essencial
- Construir o plano é a parte fácil
- Adaptar e gerir na realidade é o trabalhoso
Visão e missão
- É pouco acionável
- Serve para dizer, no longo prazo, por que estamos fazendo isso
- É inspiracional
- Mesmo assim, ela deve ser clara e tangível
- Com métricas e explicações
Execução
- Timing é essencial
- Lançar no momento correto
- Olha para cá se você está em pré-PMF
- Para produtos estabelecidos a qualidade da execução é fundamental
- Um plano medíocre pode ser salvo por uma boa execução
- Esteja focado nos outcomes (resultados) que precisam ser alcançados, não no outputs (entregas)
- Nosso plano deve estar errado, por isso os resultados são o mais relevante
- Não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona
- Tenha cadência
- Calibrar a execução (Adam Nash)
- Metric Movers: 70%
- Customer requests: 20%
- Customer delight: 10%
- Pode ser para o portfolio inteiro essa divisão
- A ideia é não esquecer dos demais aspectos
Pilares da cultura de produto
- Entender a importância de contratar e desenvolver pessoas altamente capacitadas
- Só contratar não serve. Precisamos desenvolver as pessoas, e esse trabalho é dos líderes
- Times de produto fortes, multi-funcionais e independentes
- Os times precisam de todas as capacidades para funcionar bem
- Times orientados a objetivos e com uma forte cultura de dados
- Os times recebem problemas para trabalhar, não features para entregar
- Saber trabalhar dado como mais um input. Um dado é maior que uma opinião
- Entender a importância de se ter “very strong” product managers
- Depois do board, são as pessoas mais importantes da empresa
- Tem que ser as pessoas que poderiam ser líderes em qualquer instância
- Eles representam o CEO, em última instância
- Entender que inovação é um processo incremental
- As versões erradas no meio do caminho são essenciais
- Precisamos aceitar erro para ter a inovação
- Foco incansável no cliente
- É muito claro, mas não sabemos como fazer
Você como líder é tão bom quanto o pior PM do seu time - Marty Cagan